domingo, 28 de junho de 2015

Morte do Cisne - Teresa Veiga

[dos Leitores do Palácio, o Arq. A. F. - Mestre de G. D. -  mantém «poder aquisitivo...»; C. tem beneficiado dos empréstimos desse leitor de Teresa Veiga - pseud. de (??? = H. H.?...]

- desta vez, C. adquiriu o mais recente de T.V. (após 7 anos de...) e vai para a sétima Narrativa (de 11)

Recorte inicial da terceira:
      
          Kitty,  a bailarina do Wonderbar, estava há sete dias barricada no quarto, rodeada de grande silêncio, voluntariamente incomunicável.
     A mãe levava-lhe um tabuleiro com comida às horas das refeições. Arranhava na porta (já perdera a disposição para tamborilar) e largava o tabuleiro num carrinho de chá rolante que, desde que aquilo acontecera, era o elo de ligação entre os dois mundos.
         O cheiro quente da sopa acabada de cozinhar, do arroz de polvo ou outra iguaria que a mãe escolhia a dedo na tentativa de a prender à vida, o perfume violento dos biscoitos com as suas baforadas açucaradas  a essências de canela e de baunilha, invadiam o pequeno quarto e incorporavam-se no ar parco, saturado de monóxido de carbono, [...]

«A morte do cisne», in Teresa Veiga, Gente melancolicamente louca, 2015, Tinta-da-china, p. 51


Imagem de artigo - «Contos exemplares portugueses», de Isabel Lucas, do Público:AQUI

Artigo do Observador - AQUI

Na p. da Editora - leitura de exc. por C. V. Marques: AQUI  (+ algumas páginas...)