quarta-feira, 15 de agosto de 2012

MAR-CHUVA + Bréchon+Pessoa

[«Mar-chuva», afinal, já não «levanta» hoje - TV Pimba e Volta]

- na p. 26 do Público de hoje, Eduardo Lourenço homenageia Robert Bréchon, falecido a 3 de Agosto

- G. relembra que General Z. (quando ainda lia) «teimava» - com a sua Lógica geralmente isenta de lógica - que Estranho Estrangeiro (França, Abril de 96; Dezembro, em tradução de Pedro Tamen) fora escrita por «mão feminina» - e que não foi fácil levá-la a admitir que não...

- voltar a esta »Biografia» de Pessoa, sempre, sobretudo agora, quando um Disparate oriundo do Brasil «teve honras mediáticas» e outras...

Um RECORTE do texto de E. L.:

[...] A sua magistral revisitação do itinerário de Pessoa recicla todos os mais conhecidos retratos do autor do nosso poeta, a começar pelo do seu primeiro biógrafo, João Gaspar Simões, a quem presta, sem necessidade de o reabilitar, uma sentida e justa homenagem. Tanto mais justa quanto vem de alguém que cedo percebeu que na ausência de vida real, no sentido óbvio, a sua existência ilustrada às avessas por Pessoa era de essência e conteúdo incontornavelmente poético e só dessa original e radical osmose vive e se alimenta. A vida real de Pessoa era autobiografia real e imaginária ao mesmo tempo, e só o seu texto, interrogado ou aceite como essência e alma da sua vida, podia dar dela o espelho que a reflecte ou ela mesmo é. [...]

[sublinhados acrescentados]